Transborda de ideias fluidas
que liberto ao imaginar,
São gotas num mar de chuva, de água limpa e água
turva,
Que me eleva a um mais alto patamar.
Se sonho, escrevo ou
desenho, se sinto, rio ou choro,
Se emito uma respiração vibrante reluzente em cada poro,
Então orgulho-me, feliz como ao encontro de um tesouro,
Num
dia preenchido pelo crocitar do corvo.
É quando atinjo uma paz de
espirito que nem o vácuo suporta,
Como navegar no ondular de uma onda
morta.
Imagino, penso, crio, faço num imenso denso frio,
Pois a minha
mente quente, é lareira para este brio.
Sou observador atento, qestiono
tudo o que é fisico,
Sou estrela fantasista, num mundo de encantar,
Sou
Deus, sou o Diabo e sou tudo o que me é amado,
Sou, ou não, mas gosto de o
imaginar.
Então a fonte imaginária nunca seca, já o disse,
Nunca morre
à nascença, nem se expira de velhice, é eterna,
Transcendente ao próprio
tempo,
Como pão para a pobreza, esta serve de alimento.
Teço simples
teias na complexidade da mente,
E vejo-as florescer num jardim
encandescente,
Somos nós, jardim de ideias, para sempre,
E lado a lado,
ombro a ombro, delas fiquei dependente.
Mário Freire

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