Eu disporia dele a bel-prazer.

Só gostaria da minha vida refazer.
Bastaria girar o ponteiro ao contrário,
Até o começo do caminho por onde trilhei.
Não sei se é loucura, ou, puro delírio,
Talvez um fantástico sonho que sonhei
É minha vontade viver o que não vivi,
Do que foi real, eu revivo na minha saudade,
Só não posso contar da história, fatos que não vi.
Há um espaço muito grande, da fantasia à realidade !
Quantos não tem a mesma vontade ?
Acredito ser a vontade da maioria !
Ah ! Que bom ter outra oportunidade,
Poder mudar minha história, eu gostaria !
Não errar onde errei e não chorar onde chorei.
Não negar a quem pediu, minha ajuda.
Poder falar o que pensei, e, covardemente não falei
E estender a mão àquele que na lama afunda.
Não sou dono do tempo que passa por mim,
O tempo é imaterial, ao passar não se deixa sentir.
O vento vai e volta, mas, como tempo não é assim,
Ele não sabe o caminho de volta, o tempo só sabe ir.
Ele não vai só, passa, e eu vou com ele.
Não que eu queira, mas, não posso impedir que aconteça,
Já disse antes, é imaterial e não sou dono dele,
Diante do tempo, não há ser vivo, que não feneça. !
Mário Freire
Sem comentários:
Enviar um comentário