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NAZARÉ, NAZARÉ, Portugal
Eu Sou Filho da Lua... recebo a força do Sol...amante da natureza e da poesia...revestido pelo Mar... O amor do Criador me orienta... nunca estou só... tenho comigo minha melhor aliada chamada Vida(as vezes minha inimiga) Livre como uma Águia e forte como um Leão... distribuir sorrisos esta é minha profissão... Meus amigos(as) completam-me dia a dia, amizade e gratidão... sou rico por natureza meu... tesouro maior guardo sempre comigo para nunca serem esquecidos... Sou negro, sou branco, amrelo eu sou... engraçado, eu sou é de toda cor... Sou simples menino que sonha com um grande e infinito amor... numa felicidade que desconheço vou por onde passo distribuindo flor e amor... Quem sou? Essa agora! rsrs Eu sou um homem Feliz pois aqui neste jardim estou a crescer e não quero murchar por isso sou regado com coisas lindas que me dão é assim que sou...;)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Amizade é Indispensável ao Nosso Ser

A amizade é a unica coisa cuja utilidade é unanimemente reconhecida. A própria virtude tem muitos detratores, que a acusam de ostentação e charlatanismo. Muitos desprezam as riquezas e, contentes de pouco, agradam-se da mediocridade. As honras, à procura da qual se matam tanto as pessoas, quantos outros as desdenham até olhá-las como o que há de mais fútil e de mais frívolo? E, assim, quanto ao mais! O que a uns parece admirável, ao juízo doutros nada é. Mas quanto à amizade, toda a gente está de acordo: os que se ocupam dos negócios públicos, os que se apaixonaram pelo estudo e pelas indagações sapientes, e os que, longe do bulício, limitam os seus cuidados aos seus interesses privados: todos enfim, aqueles mesmos que se entregaram todos inteiros aos prazeres, declaram que a vida nada é sem a amizade, por pouco que queiram reservar a sua para algum sentimento honorável.Ela se insinua, com efeito, não sei como, no coração de todos os homens e não se admite que, sem ela, possa passar nenhuma condição da vida. Bem mais, se é um homem de natureza selvagem, muito feroz para odiar seus semelhantes e fugir do seu contacto, como fazia, diz-se, não sei mais que Timon de Atenas. É preciso ainda que este homem procure um confidente no seio do qual possa verter o seu veneno e o seu ódio. A necessidade da amizade será ainda mais evidente, se ele pudesse admitir que um Deus nos tirasse do seio da sociedade para nos colocar numa solidão profunda, onde, fornecendo-nos em abundância tudo o que a natureza nos pode propinar, nos subtraísse ao mesmo passo a esperança e os meios de ver jamais qualquer face humana.

Qual é a alma de ferro que suportaria uma tal existência e a quem a solidão não tornaria insípidos todos os gozos? Assim tenho por verdadeiras as palavras de Arquitas de Taranto, que entendi recordar a velhos que as ouviram eles próprios de seus pais: «se alguem subir ao céu, e de lá contemplar a beleza do universo e dos astros, todas essas maravilhas deixá-lo-ão indiferente, enquanto que o embasbacarão de surpresa se tiver de contá-las a alguém». Assim, a natureza do homem se recusa à solidão, e parece sempre procurar um apoio: e não o há mais doce que o coração de um terno amigo.

Mário Freire

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