pela sombra dos bosques,
enlouquecida pelo próprio perfume,
assim corro eu, enlouquecido,
nesta noite do coração de maio
aquecida pela brisa do Sul.
Perdi o caminho
e erro ao acaso.
Quero o que não tenho,
e tenho o que não quero.
A imagem do meu próprio desejo
sai do meu coração
e, dançando diante de mim,
cintila uma e outra vez,
subitamente.
Quero agarrá-la, mas escapa-se.
E, já longe, chama-me outra vez
do atalho ...
Quero o que não tenho
e tenho o que não quero.
Mário Freire

Se os olhos brilham É porque cantam É porque me encanto É porque estou feliz Se os ouvidos ouvem É porque te ouço É porque eles querem É porque há música Se o nariz cheira É porque há perfume É porque estás perto Se a boca saboreia É porque não te odeia É porque sabe que gosto de ti-
Sem comentários:
Enviar um comentário